terça-feira, 24 de novembro de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

quarta-feira, 11 de março de 2009

GENETICA

CRIAÇÃO DE CURIÓ

GENÉTICA

"Todo o programa de melhoramento genético implica

em planejamento, método, paciência e perseverança.

Os ganhos serão obtidos após várias gerações"

Ter noções básicas de genética é fundamental para podermos identificar e entender melhor as características dos indivíduos. Torna-se mais importante ainda quando queremos criar e acasalar pássaros.


Genética é a parte da biologia que estuda a hereditariedade, características dos seres que são passadas entre as gerações.

Cada Caracter hereditário é chamado de gene e se localizam nos cromossomos que se apresentam na forma de ácido desoxirribonucléico (DNA). Os cromossomos sempre se transmitem aos pares, um é herdado do pai e outro da mãe. O número de pares de cromossomos varia entre as espécies. O número total de genes de cada espécie também é variável. No ser humano sabe-se que é em torno de 100.000. Cada gene é responsável por transmitir uma característica específica, por exemplo: Cor dos olhos; Tipo sanguíneo; etc. O conjunto de genes de cada espécie é chamado de Genoma.


O conjunto de características (genes) que se exteriorizam, ou seja, que podemos ver os seus efeitos em cada ser é chamado de fenótipo.

O conjunto total de genes que cada indivíduo possui é chamado de genótipo.
Se um pássaro possui um par de genes idênticos é denominado homozigoto para aquele gene.

Quando os genes são diferentes é denominado heterozigoto.


Na divisão celular que antecede a formação dos gametas masculinos (espermatozóides) e feminino (óvulo) os pares de cromossomos se separam e assim cada um reúne a metade do número de cromossomos da célula original. Cada novo indivíduo recebe ao se formar um conjunto de cromossomos do pai e outro da mãe sendo restabelecido o número de cromossomos da espécie.

Na reconstituição dos cromossomos, a predominância ou não dos genes para uma mesma característica determinará se ela será expressada ou não.

A homozigose (alelos idênticos de um par de genes de determinado lócus, por exemplo, olho preto/olho preto, sendo cada alelo transmitido por um dos pais). É pouco provável a existência de um bicudo homozigoto (genes idênticos) para todas as características, sendo que nada impede que um pássaro excelente detenha em seu patrimônio genético características indesejáveis recessivas que poderão manifestar-se em seus filhotes.

A observação de muitas gerações nos permite ainda identificar características de alta herdabilidade, como a fibra, ou de baixa herdabilidade como a voz. Na medida em que se promove o melhoramento genético por um programa de seleção eficaz, e que este se perpetua por muitas gerações mantendo-se o mesmo critério de seleção, há redução da variabilidade genética como resultado do incremento de homozigose.


O acasalamento é um elemento complementar fundamental no processo de seleção. Se acasalarmos um macho de qualidades superiores com uma fêmea sua filha, aumentaremos muito as chances de produzir um filho com as qualidades do pai. Seleção é a decisão de permitir que os melhores indivíduos de uma geração sejam pais da geração subseqüente.

É importante ressaltar que a seleção, apesar de possibilitar a mudança da freqüência gênica da população, aumentando a freqüência de alelos favoráveis, não cria novos genes. Somente poderemos iniciar um processo de seleção para características presentes em nosso plantel


Todo o programa de melhoramento genético implica em planejamento, método, paciência e perseverança. Os ganhos serão obtidos após várias gerações. Devemos lembrar que sem um rumo bem definido, somente por acaso chegaremos a algum lugar.

CRIAÇÃO DE CURIÓ (FILHOTES).


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(1-Postura de três ovos, 2-Nascimento dos filhotes, 3- Nascimento do ultimo filhote, 4e5-Filhotes com quatro dias de vida)

No 13º-14º dia de incubação nascem os filhotes. Os filhotes recém-nascidos são alimentados com ovos, verduras e jiló e conforme vão crescendo, a fêmea aumenta a qualidade de sementes e farinhada para os filhotes.

  1. 1- Não movimente outros pássaros por perto, não chame gente estranha para ver os filhotes e tampouco mude a rotina de procedimentos com que a fêmea está acostumada. Evite falar com tom de voz alta perto das fêmeas com filhotes novos.

  2. 2- Não a deixe ver, de forma alguma, outra fêmea, senão ela mata seus próprios filhotes.

  3. 3- Cuidado quando a fêmea não estiver sobre o filhote durante o dia. Nesse caso o filhote tende a esfriar, não fará a digestão, pára de pedir comida e acabará adquirindo infecção e morrendo em seguida. Arranje uma “gaiola-enfermaria” ou uma estufa com temperatura controlada a 33ºC, coloque-o ali e a cada 1hora leve-o para respectiva gaiola para ser tratado pela mãe. Vá repetindo o procedimento até superar o problema até o décimo dia.

  4. 4- Observe, também, se a mãe deita sobre os filhotes à tardinha; caso contrário, recolha-os a um lugar aquecido, preferencialmente à gaiola-enfermaria ou estufa antes referida e só os reponha ao ninho na manhã seguinte, bem cedo.

  5. 5- Não se deve esquecer de manter todo o controle possível sobre os fungos, nas sementes, na farinhada e no ambiente.

  6. 6- Se a mãe estiver com as penas molhadas em volta do pescoço, é sinal que os filhotes estão num processo de diarréia; procure saber o que é, principalmente quanto à fermentação do alimento servido, interfira imediatamente.

  7. 7- Pode ocorrer também a paralisa intestino, o pescoço se afina e a ave falece rapidamente. Isso pode acontecer por falta de calor da mãe ou fome, como também porque estão infectados ou doentes, quase sempre por fungos.

  8. 8- É muito comum a fêmea arrancar canhões de penas dos filhotes; para tentar resolver esse problema, cubra o ninho com um círculo de tela de forma que ela não consiga atingir o corpo do filhote, ou transfira para uma ama-seca imediatamente, ministre comida rica e minerais para ela.

AS ANILHAS

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  2. As anilhas de 2,3 mm (curió) e 3,2 mm (bicudo) de diâmetro, serão colocadas no 7-10 dia de vida; este é o melhor momento. Aconselha-se que as anilhas sejam personalizadas porque é a marca de cada criador e ajuda muito na divulgação da respectiva criação. Não os anilhe no dia que estão para abandonar o ninho para não provocar a saída do filhote antes do momento certo. Isso pode provocar um estresse irreversível na ave e torná-la assustada e problemática para o resto da vida. Outro cuidado é ter as mãos limpas, como já foi ressaltado, e as próprias unhas aparadas para realizar o anilhamento e não contaminar os filhotes com vírus ou bactérias. Não é necessário nenhum tipo de óleo para ajudar na operação. (REJEIÇÃO DA ANILHA PELA FÊMEA)

  3. ALIMENTAÇÃO
    Lavras de tenébrio (Tenebrio molitor) poderão ser adicionadas à alimentação, 5 unidades pela manhã e pela tarde; não dê mais do que isso, porque pode matar os filhotes por causa da difícil digestão.
    Os filhotes devem sempre estar com o papo cheio, principalmente na hora de dormir. Procure saber por que o problema está acontecendo; não espere nada. Veja se a mãe está aceitando bem a alimentação administrada. O segredo de tudo é: o filhote não pode passar fome ou frio; se isto estiver acontecendo, auxilie a fêmea imediatamente, não espere nem um pouco.

  4. Alguns filhotes, quando saem do ninho, não abrem o bico para a fêmea tratar; nesse caso, trate-o diretamente com ajuda de seringa ou palito até que ele passe a ingerir a comida recebida de sua mãe.
    Em geral, quando os filhotes completam 10/15 dias, as fêmeas entram em processo de preparação para nova nidificação (nova reprodução); por isso todo o cuidado para não perder a cópula daquelas fêmeas que estão separadas do macho. Lembre-se de higienizar o ninho para a nova ninhada.

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No 13º dia eles deixam o ninho, ocasião em que a fêmea poderá já estar no processo de nova postura. Não há nenhum problema nisso; a mãe choca e trata dos filhotes com proficiência e bons resultados.


- É preciso que se isolem os filhotes mais velhos do contato com o ninho, através da divisória central da gaiola ou, no caso de viveiro, colocando-os em uma gaiola menor, de maneira que os pais possam tratá-los pela grade. Isso porque costumam incomodar muito a mãe, tirando-a do ninho, quebrando os ovos ou matando os irmãos mais novos com profundas bicadas.


- Todo o ciclo explicado até agora pode se repetir por 3 e 4 vezes, no máximo. Assim, uma fêmea poderá produzir se bem tratada, até 10 filhotes por temporada, sem nenhum prejuízo à sua saúde.
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SEPARAÇÃO DOS FILHOTES
- O filhote será separado dos pais por volta dos 40/45 dias, idade em que já pode comer sozinho, embora se precise tomar cuidado especial com a sua saúde e alimentação. Para evitar o estresse, não deve ser separado de seu irmão de ninho. Isso pode ajudar positivamente no amansamento, na formação de sua personalidade, porque seu irmão é uma companhia, um amigo e será bom para a qualidade das crias. Ótimo também que se ajude nos três primeiros dias do desmame, administrando soro hidratante na água de beber. Se ele ficar “chorando” insistentemente, pegue-o na mão e alimente-o direto no bico com ajuda da seringa graduada ou volte-o para a mãe mais alguns dias. É necessário que se continue ministrando aminoácidos essenciais solúveis diariamente e polivitamínico 3 vezes por semana até que termine a muda de ninho, aos seis meses de idade. Nesse período recomenda-se, também, que o filhote fique resguardado e mantido em locais onde não haja umidade, corrente de ar e ambientes infectados; todo cuidado com fungos, bactérias e parasitas.

- Quanto à sexagem é muito difícil nos filhotes de 2 a 3 meses; a única maneira segura seria através do DNA; já há tecnologia para se fazer este tipo de sexagem. Outro método que está sendo desenvolvido é a observação que se pode fazer traçando uma linha reta passando por baixo do bico de cima em direção dos olhos, no macho ela passará por baixo do olho e na fêmea irá de encontro com o centro da cavidade ocular. Dizem, também, que o pássaro macho, ainda no ninho, tem a largura das costas mais estreita do que da fêmea.
- Após a muda de seis meses, pode-se começar outra fase de manuseio dos filhotes, separando-os um em cada gaiola. Inicia-se, então, o treinamento para acostumá-los com capa, passeio a brejos, volta de carro e tentativas de acasalamento. Tudo isso com muito cuidado para não ir além dos limites, causando transtornos psíquicos irreversíveis. Temos sempre que lembrar da condição de jovens, que ainda estão entrando na adolescência.


- Outro item importante é descobrir bem cedo, pelas evidências apresentadas, qual é a aptidão de cada um. Se tem fibra, se tem um bom canto e se é repetidor.


- É fundamental que se respeitem as características de cada pássaro para se conseguir um pretenso campeão do tipo especial que se pretende produzir.


- Sabe-se, entretanto, que a maioria dos filhotes não dará satisfação plena as expectativas do criador, daí a grande importância da aplicação sistemática da seleção genética até com a utilização de consangüíneos.


- Para criar filhotes existem muitas e muitas variáveis que somente a experiência, ao longo de muitos anos, poderá chegar a cada criador; só então serão relacionadas e seguidas as próprias e mais convenientes rotinas para o sucesso da criação.