sábado, 10 de julho de 2010


19 JULHO 2008 Como Anilhar Posted by admin under: Artigos . Muitas vezes me perguntam, qual o processo para anilhamento de filhotes de pássaros. Retiramos de um conceituado livro de criação de canários, uma figura para ilustrar o processo, que deverá ser feito conforme texto e figura. Segure o filhote com a mão esquerda, e pegue a anilha com a mão direita, com a numeração para cima. Junte os dedos anteriores, e encaixe-os dentro da anilha. Faça com que o dedo posterior, fique paralelo à perna do pássaro, e faça a anilha correr, de forma a passar pelo dedo posterior, e se alojar na canela da ave. Cabe lembrar, que isto deve ser feito do 6º ao 8º dia de vida, sob o risco de não mais conseguirmos encaixá-la, tornando desta forma, a ave ilegal.

Genética - Nosso Aprimoramento Escrito por: Aloisio Pacini Tostes em 20/11/2002 (1)

Muita gente fica preocupada quando se fala em aprimoramento genético em pássaros canoros brasileiros, e com razão. É preciso uma explicação muito minuciosa sobre o que estamos querendo dizer quando falamos nisso. É o que vamos explicar agora, inclusive, para que fique muito bem claro qual a nossa posição a respeito desse polêmico assunto. Vamos falar, primeiramente, na avicultura industrial para consumo humano. Ali, a necessidade da aplicação da engenharia genética é muito grande. É questão de sobrevivência. A carne de aves tem se configurado a mais barata possível, de excelente sabor e de baixa caloria. Os ovos também representam importante subproduto nesse mercado. Nosso país tem se aproveitado das condições ambientais aqui existentes para conseguir produzir essas aves com um custo baixo. Estamos cada vez mais empregando tecnologia de ponta para conseguir espécimens a preço competitivos oferecendo-os no mercado internacional. As empresas que se lançam neste mercado precisam, todavia, desenvolver métodos eficientes de controle de custos, porque senão não o fizerem logo terão que abandonar a atividade. No final, a economia conseguida se origina no aperfeiçoamento e no controle genético do plantel. É impressionante o que se tem conseguido em termos de redução de tempo de vida para o respectivo consumo humano, eram 60 dias , agora são só 43. E as galinhas que botam ovo de duas gemas, é incrível. Necessário falar, também, das aves ornamentais e exóticas; Ninguém pode desconhecer, obviamente, a importância da questão para a avicultura doméstica e a geração de riquezas. Os criadores submetem seus plantéis a complicados métodos de seleção e aprimoramento genético, uma verdadeira ciência. O produto disso são aves que cada vez mais atendem aos interesses dos eventuais aficionados. São novas cores, novas formas e novos cantos à disposição dos interessados. É a busca do perfeito, do diferente e do que se adapta melhor ao gosto de cada um e assim por diante. São novas descobertas e novos cruzamentos sempre perseguindo o melhor. Esse lado do processo de reprodução é a grande mola propulsora que incentiva os criadores a se esmerarem no desenvolvimento de suas atividades. Quem não cuidar da qualidade genética de seu plantel estará exercendo um trabalho de pouca relevância para a criação. Na criação de exóticos, quando se quer realizar algo importante e lucrativo, a condução tem que ser a mais profissional possível, não há lugar para amadorismo. O emprego de cruzamento entre espécies e subespécies é muito utilizado, são intrincadas fórmulas que só muita prática, dedicação e organização para executá-las. O que se quer é sair na frente e obter-se exemplares os mais interessantes e os mais procurados possíveis. É esta a conjuntura desses segmentos. É nessa linha que as empreitas de muitos tem dado certo. Será que para os criadores de pássaros canoros brasileiros seria diferente? O que estamos fazendo? Estamos, logicamente seguindo a regra geral. Conseguir o melhor, o mais cantador, o que repete mais e o mais bonito de porte, talvez. O que nos interessa, sobretudo, é o canto. O bicudo e o curió são pássaros que apresentam muitas particularidades a este respeito. São inúmeros dialetos em seu estado natural. Daí, já começa a complicação. Os estilos de cantos mais bonitos e valorizados são os mais requisitados para a reprodução. É preciso ter-se cuidado para se obter crias de excelente canto. Os machos de canto indesejável são afastados das fêmeas mães logo após a gala, quando utilizados. Isto porque a maioria dos filhotes aprendem ainda no ninho o dialeto de canto do pai. Outra questão diz respeito às aves de fibra, há muitos criadouros atendendo a esta modalidade. Os de fibra, são aqueles que cantam destemidamente, são aqueles que são capazes de vencer desafios de canto e que vencem os torneios de fibra - quem canta mais. São pássaros maravilhosos, os mais mansos, os mais adaptados, os mais fáceis de serem treinados, os mais valentes, os que cantam mais depressa nos torneios. Não bastasse isso, vem a questão mais importante é a do pássaro repetidor - aquele que canta a frase musical por várias vezes sem interrupção - chegam a cantar até 3 minutos sem parar. São os mais valorizados, são esses os mais procurados. Não vale a pena a reprodução se não se conseguir pássaros repetidores. Não interessa a ninguém. Se o pássaro emitir um canto só ou dois, pode ser o que for, de canto ou de fibra que serão logo descartados. O canto fica enjoativo e o pássaro não tem produção para concorrer com aqueles que repetem. O que está se fazendo, então. O bom criador procura juntar os três predicados, o canto, a fibra e a repetição. Assim, provavelmente conseguirá pássaros de excelente qualidade e que poderão ser transacionados com muito mais facilidade. Isto é obtido com a utilização de campeões famosos na reprodução. É quase que uma obrigação dos passarinheiros colocar seu pássaro campeão para reproduzir. Ainda bem que isto está efetivamente acontecendo. O pássaro mais premiado do Brasil o bicudo Sobe-e-Desce, deixou inúmeros filhos entre eles o Peão, que está se revelando tão bom quanto; e Temporal, filho de curió Trovoada, mais premiado curió, também, saiu ao pai. Muito bom. Essa é a realidade. É uma realidade benfazeja, essa realidade é que nos tem ajudado. São milhares os exemplos dessas ocorrências. Daí o nosso entusiasmo. Esses casos demonstram sobremaneira porque um crescente e quase total desinteresse por espécimens de origem silvestre. Esse tipo de cruzamento chamado “em pureza”, é o normal e é o que quase todos os passarinheiros exercem. Ele possibilitará que num futuro, desde que necessário e sob a monitoração do poder público, se faça eventuais repovoamentos em áreas protegidas. Outro tipo de cruzamento, realizado por pequena parte de criadores são os cruzamentos entre subespécies ou espécies diferentes. Tem-se que ter muito cuidado para não produzir “fenômenos teratológicos” . Todavia, como pesquisa, de repente, um cruzamento pode dar certo, pode melhorar a forma, a aparência ou o desempenho. Tem-se, sempre, que analisar o aspecto até ético e moral da questão. Saber, também , que esse pássaro não poderá, de forma alguma ser solto na natureza. Só poderá servir para uso doméstico, exclusivamente. Especificamente quanto às mutações nas penas. Penas quase sempre brancas, bicos rosados e assim por diante é um caso especial. Em bicudos e curiós quase ninguém está praticando esses cruzamentos, inclusive porque são raros. Já nos canários-da-terra muitos criadores estão tentando fixar as mais lindas mutações. É um cruzamento “em pureza”, todavia. A procura é grande e a facilidade na criação desse tipo de canário, também ajuda. O pessoal do exótico tem muito interesse no particular. Esse é o trabalho, ora, desenvolvido pelos criadores do Brasil. Essa é a contribuição que estamos tentando dar no sentido de tornar sistematizado o trabalho de preservação. Não podemos esquecer, entretanto, dos cuidados que se deve ter quando estamos buscando um necessário aprimoramento genético.